quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Afinal, o que é permacultura?



Assumir para nossas vidas aquilo que é novo não é tarefa fácil. Na maioria das vezes, enfrentamos nossos próprios paradigmas. E não foi diferente com o ecologista australiano Bill Mollinson. Cansado e indagando-se sobre os colapsos da sociedade moderna, Mollison resolveu criar um sistema florestal produtivo que substituísse as monoculturas de soja e trigo, responsáveis pelo desmatamento mundial.
Na década de 70, ele, juntamente com seu aluno David Holmgren, inventaram o termo permacultura que surgiu a partir de agricultura permanente e se estendeu para cultura permanente.
Mollison e Holmgren basearam-se em princípios éticos nascidos nas sociedades indígenas voltadas às tradições espirituais, sociais e econômicas ao universo da cooperação e solidariedade.
Para realizar a permacultura é necessário adotar princípios de sustentabilidade, que exigem um repensar dos nossos hábitos de consumo e dos nossos valores em geral. Estes princípios baseiam-se no cuidar da Terra, cuidar das pessoas e compartilhar os excedentes. Assim, a permacultura ousa acreditar numa abundância para toda a humanidade baseada num sistema autossustentado.
A permacultura está além da agricultura ecológica, pois engloba economia, nutrição, agronomia, ética, aproveitamento de energia, captação e tratamento de água e bioarquitetura.
A permacultura, como concepção político ideológica, vem trazer soluções práticas, principalmente para as famílias do campo, que são carentes de informação e de recursos sustentáveis, como no nosso país. Além disso, ela é uma metodologia baseada num sistema agrícola completo, visando respeito e integração a todos os processos naturais, a todas as formas de vida.

Mayara de Lima


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